Por: Roseli Laurenti
A maneira como enxergamos a vida influencia em como nos sentimos. Temos a percepção de que a verdade é somente a nossa verdade e, nem sempre percebemos que são decisões inconscientes. Essa situação carregamos e absorvemos de nossos pais e de nossa cultura.
É como se olhássemos uma paisagem como um todo e não percebêssemos os animais, os pássaros, as borboletas e nem as flores.
Se uma criança estivesse ao seu lado. Com certeza veria a mesma paisagem com outro olhar e ainda chamaria a sua atenção para ver o esquilinho que estava no tronco da árvore, que você não viu; depois as borboletas em volta das flores de cores diversas e os bichinhos escondidos pelos ramos.
Olhar a forma como tratamos uma criança no mundo atual deverá ser alterada para não copiarmos padrões que nos foram impostos anteriormente, e que hoje não correspondem mais, pois olhamos com olhares apressados de adultos.
No texto “O olhar adulto”, Rubens Alves comenta: “que a mãe e a criança vão os dois pelo mesmo caminho, mas não vão pelo mesmo caminho”.
A criança vai olhando tudo, querendo brincar com tudo que vê e quer parar para pegar uma pedrinha, um graveto… mas, sua mãe com pressa pelos afazeres cotidianos, lhe dá um puxão e a criança acompanha.
O autor nos diz que a mãe não nasceu assim, pequenina tinha olhos iguais ao filho que queria brincar com tudo, mas a mãe foi educada igual; sua mãe que também a puxava pelo braço e dizia:
– Olha pra frente menina! Olha pra frente!
E, assim os olhos servem para abrir caminhos no que se tem a fazer, no corre-corre diário.
Coitados dos adultos substituíram os olhos brincalhões de crianças, por olhos ferramentas de trabalho.
E você, como anda pelos caminhos com seu filho?
Você permite que seus olhos sejam iguais ao do seu filho que pode ver, parar e brincar com tudo?
Se a resposta for não, você será capaz de mudá-los para que haja uma efetiva transformação nas futuras gerações?
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