PERTURBAÇÕES

QUAL SUA MAIOR PERTURBAÇÃO?

  1. Ciúmes
  2. Inveja
  3. Culpa
  4. Raiva
  5. Medo
  6. Timidez
  7. Ansiedade
  8. Vergonha
  9. Preocupação exagerada
  10. Gafes
  11. Insegurança
  1. CIÚMES: PONTOS CEGOS

CEGO DE CIÚME! Essa emoção de fato, interfere na consciência visual.

O fato de focar a atenção em algo que nos atrapalha emocionalmente deixamos de ver outras coisas que estão à nossa frente podemos chamar de “cegueira induzida pela emoção”.

A principal característica do ciúme é a busca obsessiva por “provas sobre a infidelidade” que muitas vezes são inconsistentes e imaginárias.

Um olhar, um gesto podem levar a pessoa a desconfiar do parceiro. Um complexo de pensamentos e emoções exageradas e muitas vezes violentas, causas de muitos assassinatos.

Estudos apontam que parte do lobo frontal é particularmente ativada pelo ciúme.

A Internet um novo meio para vigiar os atuais e os ex-parceiros, um forte motivo para as brigas dos casais. E, prejudica o relacionamento familiar.

Ciúmes entre irmãos, podemos notar expressões em bebês que mudam drasticamente, ao ver sua mãe segurando uma boneca.

Por volta dos 4 anos ao verem as mães com outras crianças da mesma idade, apresentam reações negativas intensas.

O ciúme ultrapassa fronteiras do saudável ao se tornar uma preocupação constante, infundada, associada à violência.

O ciúme excessivo é acompanhado de emoções como raiva, medo, tristeza, ansiedade e, em especial pensamentos irracionais. Relacionamentos são abalados e os dois sofrem nesse sentido.

O ciúmes pode ter sido originado na infância, na relação com os pais sendo negligenciada e desrespeitada, devido ao medo intenso pelas perdas, muitas vezes, inconscientes.

  1. OS OLHOS DA INVEJA

Quem já sentiu inveja de alguém, de um objeto, ou já se percebeu invejada?

Como é difícil admitir esse sentimento, da inveja. Às vezes por ocupar uma posição inferior, outras vezes por não ter o mesmo padrão de vida do outro, uma casa, viagens, ou o mesmo carro do outro.

A inveja pode levar a pessoa a ter prazer sobre o sofrimento do outro, para prejudicá-lo e feri-lo com um comentário indevido, arruinando a vida dessa pessoa.

Segundo Aristóteles a inveja pode nos incentivar na busca de algo que desejamos e lutar com maior afinco para atingir o objetivo.

  1. CULPA DÓI, PESA?

CULPA, um aspecto doloroso. Tem um papel psíquico relevante por indicar aspectos interiores que podem ser mantidos dentro dos limites com o outro, porém muito difícil quando a pessoa entra em sofrimento.

A culpa leva ao medo de ser punido por figuras interiorizadas em geral, dos nossos pais ou substitutos.

No entanto, não são eles a quem tememos, mas à representação que criamos deles e, faz parte de nós nem sempre conscientes.

Existem sentimento de culpa diferentes àqueles que ficam constrangidos e ou, àqueles que violam algo e se perguntam: – Como pude fazer isso?

A vergonha acompanha a culpa relacionados aos valores, à imagem pessoal, o querer impressionar o outro e, em especial ao julgamento dos outros sobre nós.

Há por exemplo a culpa inocente:

  • Sentir-se mal por ser um único sobrevivente de um acidente, onde muitos morreram; por ser muito bonita, ser mais rica e saudável que os demais.
  • No trabalho, na escola uma pessoa assume todo o trabalho que não seria somente dele, para evitar prejuízos coletivos.

Sentir-se culpado pode estar relacionado a um debate interior pessoal, tendo gestos de generosidade, como: grandes doações milionárias, dividir um lanche melhor com alguém que tem um lanche inferior. Um sinal de empatia e altruísmo.

Perceber a necessidade do outro nos torna mais maduro, humano, mas, não podemos tomar a responsabilidade como nossa, pois sofremos com isso.

Pessoas que tiveram pais autoritários, severos ou ausentes podem ter provocado nos filhos a sensação de não serem suficientes para agradá-los e se sentem culpados.

Outros podem cometer ações inaceitáveis para se punirem, como dizia Freud – “um delinquente por sentimento de culpa.”

Já o sentimento de culpa em excesso, no caso de ser empático pode ser prejudicial e contraproducente. Importante este exemplo: pais culpados podem se tornar benevolentes demais e não conseguirem conter os filhos.

Outro sentimento de culpa muito comum: mães que trabalham fora e não conseguem se dedicar ao filho. Mães sentem-se culpadas ao deixarem os filhos na escola.

O sentimento de culpa pode levar o indivíduo a desenvolver uma autossabotagem evitando serem mais bem sucedidos que seus familiares, pai, mãe, irmão. Uma neurose de sucesso evitando situações de ser o melhor de todos.

Alguns se acham o centro do mundo e sentem-se culpados, uma supervalorização da própria capacidade.

Freud em Luto e Melancolia (1917) aponta sentimento de culpa exagerados como um dos traços mentais de melancolia, pessoas depressivas. Um século depois a ciência comprova que o criador da psicanálise estava certo, demonstrado pelos neurologistas ao realizarem imagens do cérebro.

  1. EXPLOSÕES DE… PRODUZEM ESTRAGOS?

O QUE LEVA VOCÊ TER RAIVA?

O problema da fúria está quando há contrariedades e não são aceitas.

Passada a ira restam os estragos emocionais e físicos devido à explosão, o descontrole ocasionado.

O que fazer para controlar a raiva e não ser prejudicado e nem prejudicar o outro?

O autocontrole pode ser policiado, aprendido.

Nossos sentimentos são tomados por acontecimentos diários de alegria, tristeza, raiva, medo.

Certas contrariedades familiares, profissionais, de moradia despertam emoções transbordantes e são inconciliáveis com o convívio social.

Podemos citar a raiva quando se transforma em violência, como atos terroristas, motoristas irados, jovens ressentidos pelo bullying que entram nas escolas e matam, esses ressentimentos podem levar à depressão.

Franz Alexander, psicanalista, um dos fundadores da medicina psicossomática argumentou que a pressão sanguínea tende a subir nas pessoas que reprimem suas emoções. Negar as fortes emoções prejudica a saúde. Importante é fazer uso correto do controle das emoções.

Podemos encarar a situação sobre outro olhar como por exemplo um motorista que não sai da frente, um tanto lerdo. Começamos a ficar irado por não conseguir avançar. Podemos pensar:

  • Ele está devagar porque está com algum problema no carro.
  • Alguém operado no veículo e ele não pode correr, enfim, mudamos o nosso ponto de vista.

Controlar cognitivamente nossas emoções negativas mudando nosso pensamento faz com que nossas decisões e execuções sejam alteradas para melhor.

Para se acalmar:

  • Respire profundamente pelo diafragma.
  • Repita palavras ou frases como: calma, relaxe, procure relaxar.
  • Visualize um local bonito.
  • Afaste-se do local que provocou a raiva. Tome um copo de água, coma uma fruta…
  • Interrompa a raiva, contando até dez, penteando o cabelo, lavando as mãos, o rosto, desamarrando e amarrando o sapato…
  • Fale baixo, calmamente, quanto mais baixo melhor.
  • Ataque os problemas, não as pessoas

A raiva é normal quando expressa de forma apropriada, se ocorre o descontrole torna-se prejudicial.

  1. NOSSOS MONSTROS PARTICULARES

Medo do vírus;

Medo da ansiedade;

Medo da depressão;

Medo da violência;

Medo do erro;

Medo da doença;

Medo de morrer.

Medo dos meus medos, infinitos medos.

Para lidar com essa emoção é preciso trabalhar o autoconhecimento para poder aceitar as limitações que são impostas e, muitas vezes inaceitáveis.

Desde a infância apresentamos os monstros do medo: do escuro, do que tem embaixo da cama, de ladrões…

À medida que vamos amadurecendo ainda lá está esse monstro que tanto pode nos ajudar com os perigos, como pode nos atrapalhar.

A psicanálise nos mostra que há uma ansiedade realística, um medo real de leão, de cobra, da violência. E, a ansiedade neurótica de um objeto desconhecido como por exemplo: o medo de altura, um perigo que fantasiamos.

O medo de ruborizar e ficar absurdamente vermelho, mesmo sendo uma conversa virtual, somente o fato de pensar sobre, ocorre.

Como lidar com o medo?

O oposto do medo: a coragem.

Um processo de autoconhecimento e equilíbrio das emoções negativas, encarando-as como nossas limitações humanas, mas com as quais podemos lidar e enfrentar com coragem.

  1. O SILÊNCIO TAMBÉM FALA

Muitos preferem ficar sozinhos e em silêncio. Seria TIMIDEZ?

Esse comportamento incomoda os familiares e a sociedade também valoriza a extroversão.

Nem todas as pessoas gostam de realizar trabalho grupal e se forem forçados podem inibir a criatividade e a produtividade.

Os introvertidos gostam de pouco estímulo e de ambientes tranquilos.

Timidez é diferente de introversão.

A timidez está relacionada ao medo do julgamento negativo, da desaprovação social, da humilhação. Já a introversão as pessoas preferem ambientes com menores estímulos.

A timidez é dolorosa, a introversão não.

Os introvertidos sentem que algo pode estar errado com eles. Vão à festa, mas seu desejo, na verdade era de ficar em casa para ler, escrever, meditar, pensar, criar.

Escolas, empresas institucionais são projetadas para pessoas que gostam de se expressar publicamente. Nesse sentido os tímidos e os introvertidos sentem-se rejeitados.

Os tímidos podem ser bons líderes e produzirem ótimos resultados por aceitarem as opiniões alheias e não impor as suas. São mais dedicados ao seu objetivo e, por não terem o desejo de serem o centro das atenções.

Lembremos aqui de Mahatma Gandhi, Darwin, Chopin, Einstein.

Algumas características importantes dos tímidos: pensar antes de falar, não gostar de conflitos, apresentar foco, conviver com os familiares, gostar de ficar sós, vida interior rica, nem sempre ficam irritados por estarem sós.

Muitas vezes fecham-se como “ostras”, mas dentro deles, há “pérolas”.

  1. UMA AMEAÇA: A MENTE CRIA FANTASIAS

ANSIEDADE: mente voltada para o futuro, com o que pode acontecer. Fica 100% alerta e não consegue usufruir do presente. Não vive.

A ansiedade é desagradável, antecipa e acaba por envolver o medo como sintoma.

A ansiedade pode ser saudável quando envolve situações de mudança: receber resultados de emprego, de escola, dos médicos. Tem uma função protetora para a família e para o pessoal.

Sintomas que ocorrem na ansiedade e são normais: boca seca, mãos frias, suor excessivo, coração acelerado, respiração ofegante, prepara para os futuros desafios.

Quando ultrapassa os limites há prejuízos como: ter insônia, ficar desfocada, ansiosa por realizar alguma atividade, passa mal e não consegue ir, inquietação, dores, diarreia, perda de controle.

No pânico, há influência de fatores hereditários.

Nos transtornos de ansiedade generalizados (TAC) e fobia social há maior influência ambiental.

O tratamento medicamentoso ocorre de acordo com cada tipo de transtorno. Quando combinado com a terapia, os resultados costumam ser superiores.

Mais comum dos transtornos de ansiedade é a fobia social, costumam surgir ainda na infância nos casos de: separação dos pais, preocupação em se afastar dos pais, medo que aconteça algo com eles, situações em que a criança fala somente em casa, recusa em ir à escola, sofrimento excessivo com as provas, nas escolas, nos esportes.

O fóbico costuma ser monossilábico, econômico nas palavras e tende a se isolar. Se constrange em comer perto do outro.

Meditação pode ser muito importante.

Vejamos alguns tipos:

  • Fobia específica: Medo de dirigir, de andar de avião, entrar na água, de certos animais. O objeto em si é uma ameaça.
  • Transtorno de Pânico: extremo desconforto diante das próprias reações sentidas como respiração alterada, batimentos cardíacos acelerados, vertigens, suores, tremores, sinais de colapso iminente, insanidade ou morte. Assim limitam a mobilidade.

  • Transtorno Obsessivo compulsivo (TOC): Caracterizado por pensamentos recorrentes, a pessoa teme ser contaminada, de perder o controle em público, cometer erros. Para fugir disso neutraliza os pensamentos intrusivos: lavar as mãos, executar rituais, fazer verificações constantes… Esse transtorno pode levar à depressão.
  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): preocupações constantes em diversas situações negativas e como impedi-las. As vezes acompanhado por sintomas físicos: insônia, tensão muscular, problemas gastrointestinais…

  • Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou Fobia Social: medo de ser julgado pelo outro, em reuniões de trabalho, festas, encontros amorosos, de comer em companhia do outro, usar banheiro público. Pode ser acompanhado pelo uso constante de drogas, álcool.
  • Transtorno de Estresse pós traumático (TEPT): medo excessivo causado pela violência física ou sexual, acidentes, conflitos armados. Essas pessoas voltam a experimentarem os traumas em forma de pesadelo e evitam situações que tragam essas lembranças. Podem sofrer de irritabilidade, tensão e hiper vigilância. Abuso de drogas e álcool.

  1.  SITUAÇÕES EMBARAÇOSAS

VERGONHA, acontecimentos que podem ocorrer a todos, como cair, tropeçar em locais públicos, uma sensação de constrangimento, por exemplo, num funeral, dar parabéns em vez de sentimentos, pêsames. A imagem social causou uma impressão negativa.

A vergonha, em situações positivas, por que a pessoa fica vermelha, quando cantam parabéns, quando recebe um prêmio? Nesses casos, as pessoas não sabem como agir.

A vergonha inicia com qual idade?

Acontece quando a criança se reconhece no espelho, entre 15 a 24 meses de vida, principalmente após emoções como a raiva, o medo, o ciúme. Podem ocorrer também quando ficam perturbadas com os elogios intensos e não sabem como reagir.

Por volta dos 3 anos se constrangem ao acharem ter frustrado as expectativas alheias.

Ao temor de ser exposto e causam riscos à própria saúde como:

  • Não usar preservativo por vergonha de comprar.
  • Realizar exames como Papanicolau, mamografia, colonoscopia, exames de próstata.

Um perigo com a impossibilidade de encará-las com tranquilidade.

Saiba, ninguém está livre de parar por constrangimentos.

  1. PRE-OCUPAR, POR QUÊ?

A PREOCUPAÇÃO é percebida muitas vezes com exagero e, até mesmo em crianças. Por que ficam tão preocupadas com certas situações?

O que foi transmitido a elas a ponto de se tornarem ansiosas? Seria:

  • Excesso de pensamentos futuros?
  • Tentativas de evitar algo negativo?
  • Imitação das emoções?

As pessoas excessivamente preocupadas apresentam a crença de que a aflição pode evitar situações em que não detenham nenhum poder.

Essa situação pode levá-las às aflições repetitivas como pensamentos negativos, as ameaças que são tidas como reais e repetirão de forma incontrolável.

Quanto mais se tenta livrar, mais firme elas ficam no pensamento sensibilizando o cérebro para o problema.

Podemos lembrar aqui as preocupações das pessoas que apresentam o TOC. Lavar as mãos a todo momento, preocupar-se excessivamente com a higiene, checar portas, janelas, gás, repetidas vezes, não usar roupa de determinada cor, realizar contagens desnecessárias, são manias. E, quando exageradas indicam sintomas do transtorno obsessivo compulsivo.

Estudos mostram que há redução dos sintomas em pacientes que usam medicamentos e fazem terapia.

Quando essa preocupação está associada ao TOC podem ocorrer ideias e impulsos de conteúdo agressivo ou violento, com ímpeto de atirar as crianças pela janela, atropelar pessoas, dar soco em alguém, envenenar filhos…

Para fugir tomam precauções: colocar telas nas janelas, evitar pessoas, eventos…

Obsessões sexuais como fixar os olhos nos genitais de outras pessoas, molestar crianças, arrancar a roupa de alguém, manter relações sexuais incestuosas, sexo violento, perverso com animais…

Em vez de prazer desperta angústia, medo e se tornam constantes as preocupações e os pensamentos torturantes.

  1. PAGUEI MICO: PEQUENAS GAFES

Por que não fiquei calado?

É o LAPSO, o fora do contexto porque passamos e ninguém está livre.

Quanto maior o medo de cometer gafe é exatamente o momento que acontece. Esses erros fogem ao nosso controle.

As pessoas mais emotivas parecem ser as que pior suportam cometer gafe, explicando porque os fóbicos sociais se isolam, os erros tornam ameaças constantes.

Erros cometidos nos esportes devido à preocupação e a pensamentos negativos, por exemplo, no momento de bater pênalti, num final de copa do mundo. Pressão.

Importante tomar consciência de que essas gafes cometidas são normais.

Conflitos Inconscientes

Freud em Psicopatologia da Vida Cotidiana estudou com profundidade o lapso. Para ele é a dimensão involuntária que dá valor particular ao lapso.

Conteúdos trazidos por pacientes tentam ser ocultados, mas, nem sempre conseguem evitar a traição de diversas maneiras.

  1. DRAMA SECRETO DA INSEGURANÇA

Pessoas bem-sucedidas vivem atormentadas pela sensação de ser uma fraude. Elas não acreditam que merecem o sucesso mesmo tendo batalhado muito para atingir os objetivos.

Convivem com um medo de que o suposto engodo seja descoberto. Não acreditam em si mesmo. Ocupam cargos extremamente importantes e enfrentam enorme insegurança achando não serem capazes, apesar de provarem o contrário.

Esse fenômeno é chamado de “Síndrome do Impostor”, por psicólogos.

Essas pessoas não acreditam que seus sucessos possam ser atribuídos à própria capacidade achando ser uma intervenção divina. Sentem-se sempre em desvantagem ao compararem com outros.

Como acreditar que essas pessoas com ótimos resultados não acreditam em suas capacidades?

 

As pessoas precisam suportar o sucesso e arcar com as responsabilidades advindas dele. Em especial compreender que o erro faz parte da aprendizagem.

Já a psicanálise trabalha com a questão da Neurose de Sucesso no qual as pessoas sabotam o próprio desempenho chegando muitas vezes, a paralisar suas atividades mediante esse drama secreto.

Referências  Bibliográficas:

Mente e Cérebro: Edição Especial Ano XXI – psicologia-psicanálise-neurociência.

Emoções Mente e Cérebro. Vários – Ediouro Duetto Editorial, 2010.

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